16 julho 2010

Funeral.

É demasiado ácido, apenas um sabor demasiado ácido. E a pena que tenho de não ter ido ao teu funeral. Mas é a única.

Também, na verdade, não sei se alguém apareceu. Julgo ter sido das poucas pessoas que se apercebeu da tua morte. E a explicação parece-me simples.

Continua a ilusão de ser a mesma pessoa e feliz. E tudo se agarra ao mesmo. Apenas ao que não existe.

Quando me perguntarem por ti direi que morreste. E todos faltaram ao teu funeral. Até eu. Até tu. E não direi mais senão "se o virem por aí, digam que só o encontro na minha imaginação mas preciso de lhe tocar e lhe prometer..." ...

Acordei. Adeus.

(o meu coração berra. e abafei-o o mais que pude)

13 julho 2010

Elas.

Quando as tinha comigo e queria pô-las, desilusão. Não consegui tirar de onde estavam guardadas e pô-las lá. Tinha medo que assim ainda doesse mais. Há pouco tempo (tão pouco tempo que parece inacreditável), senti-me tentada a pô-las lá. Não uma nem três vezes, muitas mais. Não as pus por medo, por muito medo que voltassem a ser desilusão. E tinha razão. O medo impediu-me (ainda bem), a desilusão não me deixa novamente e agora só espero o dia em que posso pô-las sem medo a cada instante de serem desilusão (tantas vezes me dizem que há esperas que são em vão).



Vou começar a seguir, sem olhar para trás, e quem realmente quiser vai correr para me apanhar (acompanhar). (deixa o medo ir embora e sim, vou fazê-lo). Elas ficarão guardadas (certamente para sempre).

05 julho 2010


Sempre na defesa dele que é meu e que eu própria apanhei e trouxe para a minha morada.


"Hei-de morrer a tentar" defendê-lo. E juro que ficarei no meu lugar, por mim, ali. Não dou mais o que não posso.


"faz bem ao coração largar o que há em vão"