Às vezes tenho saudades. Agora tenho saudades. Mesmo perto.
De receber aquelas palavras.
De sentir aqueles gestos.
De não sentir distância mesmo perto.
Do abraço ser forte e com vontade.
Das palavras surgirem porque sim.
Das conversas com enigmas que mais ninguém entende.
De perguntares, porque tens medo, e de eu tentar encontrar resposta mesmo sabendo que sei menos que tu.
(Mas não digo por medo de perder, de massacrar. Porque quero que sintas, porque sim. Mais, não digo por medo da injustiça de exigir demais.)
Ás vezes tenho saudades. Agora tenho saudades. Mesmo perto.
" E não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar. E nem deixou-a só num canto, pra seu grande espanto, convidou-a pra rodar "
18 junho 2009
16 junho 2009
Catarina.
De olhos azuis, a menina loira.
Mas por si não corre, Catarina é medo.
Quer sempre ajudar se a bomba estoura.
Mas por si não corre, Catarina é medo.
Esquece-se de amar, doi-lhe o corpo e chora.
Mas por si não corre, Catarina é medo.
Olha pelos outros, perde a sua hora.
Mas por si não corre, Catarina é medo.
Precisa que olhem por ela, não sabe pedir.
Mas por si não corre, Catarina é medo.
Promete o possível, sonha o impossível e vê os outros seguir.
Mas por si não corre, Catarina é medo.
Chega ao fim e agora não vê a razão.
Mas por si não corre, Catarina é medo.
É simples, passou da hora e nem olhou pela sua emoção.
E por si não correu, Catarina sempre foi medo.
13 junho 2009
10 junho 2009
D(esculpa)ois caminhos.
E entre arrumações vi dois... (detesto).
Setas de direcções opostas. (detesto)
Esquerda e direita. (detesto)
Dois discursos. (detesto)
Lua e Sol. (detesto)
Senti-a que era aquilo. (Três temas me assombravam. Mas era aquele).
"Como está?" "Está bem." Sabia que não.
Se era mensagem sabia.
Se ia falar, sabia.
Se ia olhar por ele, sabia.
Se ia olhar por ele, sabia.
Só ela não sabia o quanto me doeu saber que lhe era difícil (detesto).
D(esculpa)ois caminhos que injustamente suportaste.
Mas doeu-me muito mais do que possas imaginar todo o cenário. As pessoas. Duas.
D(esculpa)ois caminhos. (detesto)
E ainda hoje doi.
09 junho 2009
08 junho 2009
07 junho 2009
05 junho 2009
medo.
Tenho em mim medos.
Tenho em mim dois medos maiores.
Agarra para que não partas.
Borboleta - Foge Foge Bandido
01 junho 2009
"A minha alma partiu-se como um vaso vazio.Caiu pela escada excessivamente abaixo.
...
Caiu, fez-se em mais pedaços do que havia loiça no vaso.
...
Tenho mais sensações do que tinha quando me sentia eu.
Sou um espalhamento de cacos sobre um capacho por sacudir.
...
Olham os cacos absurdamente conscientes,
Mas conscientes de si mesmos, não conscientes deles.
Olham e sorriem.
...
A minha alma principal? A minha vida?Um caco.
...
não sabem por que ficou ali."
Álvaro de Campos
(vou colando os pedaços. sonhando)
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