Habituam-nos, desde cedo, a fazer escolhas. Supostamente, para que a experiência as torne mais fáceis cada vez que nos aparecem. Ou não?
Alguém que escolha por mim que nem disso sou capaz.
" E não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar. E nem deixou-a só num canto, pra seu grande espanto, convidou-a pra rodar "
27 outubro 2010
01 outubro 2010
E s t a r.
Falavam comigo e pareciam-me estranhos. Na verdade, não eram eles os estranhos. Mas aos meus ouvidos tudo aquilo soava estranho. Talvez porque não era aquele o lugar onde estava o meu pensamento (assim como em todo aquele dia). Nem aquelas pessoas, muito menos aquelas pessoas. Elas falavam normal, mas soava estranho. E onde senti, muito poucas vezes, não pertencer voltou a acontecer. Deixou de ser familiar por aqueles instantes.
Pela primeira vez, bateu. Queria, nem que fosse por cinco minutos, aquele gesto que já é parte de mim. Que já é meu. Nem que fosse por cinco minutos aquela pele. Mas não. (não podia, naquele dia não podia ter sido assim).
Os que me pareciam estranhos chamar-me-iam louca se vissem as lágrimas que cairam, abundaram, pesaram (nem que fosse por cinco minutos).
Pela primeira vez percebi que assim não poderei ser eu. Pela primeira vez voltei a ser pequena e a pedir para me deixarem ser eu. E descobri que a minha palavra é e s t a r.
Pela primeira vez percebi que assim não sou capaz de ficar.
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