16 julho 2010

Funeral.

É demasiado ácido, apenas um sabor demasiado ácido. E a pena que tenho de não ter ido ao teu funeral. Mas é a única.

Também, na verdade, não sei se alguém apareceu. Julgo ter sido das poucas pessoas que se apercebeu da tua morte. E a explicação parece-me simples.

Continua a ilusão de ser a mesma pessoa e feliz. E tudo se agarra ao mesmo. Apenas ao que não existe.

Quando me perguntarem por ti direi que morreste. E todos faltaram ao teu funeral. Até eu. Até tu. E não direi mais senão "se o virem por aí, digam que só o encontro na minha imaginação mas preciso de lhe tocar e lhe prometer..." ...

Acordei. Adeus.

(o meu coração berra. e abafei-o o mais que pude)

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