27 fevereiro 2010

Tempos diferentes.

Foi sempre este o problema. Uma questão de tempo.
Temos a mais quando não o querem tomar. Escasseia sempre que te procuram.
Estende a mão e sente (e quando arranjas coragem é tarde demais).
Apertam-te a garganta e não saem as últimas armas que tens para agarrar o tudo que é teu (julgas, mas já não o é) e sentes os braços presos.
Segui em frente. E os teus ouvidos turvam para acompanhar o olhar por não acreditares. Se sempre remaste para ali porque não agora que o quero fazer contigo?
Tens promessas e sonhos quando já te viraram costas. E o tempo fez tudo diferente.
Paro um segundo e não acredito. Como pode ser tudo tão diferente (e turvam os olhos e os ouvidos).

Julgaste que não querias e na verdade nunca sonhaste outra coisa. Perdes e sentes que podias ter feito tudo diferente. Na verdade, o que juraste que nunca irias fazer foi o que sempre sonhaste. E sonhas.

Mas agora. Agora é tarde demais (mesmo que não acredite).
(Como pode o tempo ser um elemento tão forte que vira tudo ao contrário? Agora estou eu na sombra.)

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