11 março 2010

Amar

Por muito que te queiram fazer ver, não vês. Não aceitas a outra realidade. Só o que imaginas. Não suportas a ideia de ser diferente. Não sabes o que fazer aos sentimentos, não os consegues simplesmente amarrotar e deitar ao lixo como um papel já sem uso. Não aceitas. Simplesmente, não aceitas. Simplesmente, não aceito.
Não vejo outro resultado que não aquele, O resultado. Não imagino diferente porque agora mudei. Agora prometo. Prometo que não sonharemos só. Que vamos fazê-lo. Só. E tanto. Só. Mas tanto. Não aceito que seja diferente porque não sei como amarrotar a vida e deitá-la no lixo. E começar tudo outra vez. Não sei. "Dá-me a tua mão e vamos ser alguém a a vida é feita para nós". Confias? Agora prometo, sem medos. Agora sinto. Agora sei.
"A convicção é nobre por natureza. Os convictos apaixonam-se e casam-se. Acreditam nos sentidos. Se sentem frio, não duvidam do frio e não duvidam de si próprios. Assim, conhecem momentos irrepetíveis. Ouvem "amo-te" nos lugares certos, dizem "amo-te" mil vezes e acreditam em cada uma delas."

José Luis Peixoto, Visão

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